domingo, 24 de setembro de 2017

NOTA DO CALUTA: EM DEFESA DOS EFETIVOS DIREITOS DAS MULHERES

O CALUTA vem manifestar o posicionamento do Curso de Direito da Universidade Estadual do Maranhão sobre o tema.


O Centro acadêmico “A Luta pelo Direito”, do Curso de Direito da Universidade Estadual do Maranhão, vem por meio deste manifestar o seu posicionamento de repúdio contra toda e qualquer ofensa dirigida indeliberadamente às mulheres, oriundas e fundadas na simples condição de seu sexo. 

Além de irracionais, baseados em argumentos teratológicos, sem fundamentos nos fatos e na ciência, atos tais envergonham profundamente toda a comunidade acadêmica quando emergidos de tolas retóricas ignorantes, independentemente da classe da qual pertença seu emissor. A soberba, a superestima e a ignorância são fundamentos frágeis demais para comprometer o fato de que somos todos iguais, essencialmente. 

O Curso de Direito da UEMA é veemente contra qualquer ato misógino e apoia o combate à violência contra as mulheres, seja esta verbal, física ou psicológica. Posiciona-se em favor do respeito, da tolerância, da razão, da pluralidade, do bom senso e da solidariedade. 

Uma vez que as desigualdades entre sexos não resistem diante de critérios sólidos de justiça, mas, infelizmente, ainda vigem nos fatos, impossível é posicionamento diverso sem se macular a probidade do raciocínio. Isto tudo é realidade, não obstante os consideráveis avanços conquistados pela capacidade das próprias mulheres de se fazerem ouvidas, bem como da generalidade das pessoas de fazer valer a racionalidade. 

Segundo pesquisa recente feita pelo Senado Federal, estima-se que mais de 13 milhões e 500 mil mulheres já sofreram algum tipo de agressão no Brasil. Não é necessário ser um cientista para verificar que, na ausência de igual violência perpetrada por mulheres contra o sexo oposto, existe uma distorção social que fundamenta a violência indiscriminada – verbal, física e psicológica. 

É necessário que a sociedade não silencie perante práticas inaceitáveis como essas, bem como que não se acostume com atos que depreciem e ofendam as mulheres, denunciando às autoridades sempre que presenciarem atitudes semelhantes, num exercício de reconstrução de consciências através valorização da autonomia e da liberdade, visitando o profundo significado da igualdade.

Obs.: esta nota é fruto da necessidade verificada de se levantar a temática, especialmente depois de infelizes manifestações, de teor ofensivo contra mulheres, perpetradas por estudantes/juristas indeliberadamente em redes sociais. Cumpre frisar que não representam estes o espírito da maioria da pessoas, felizmente.



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